terça-feira, 17 de abril de 2018

não saber que coração está batendo, se o meu ou o seu, é muito bom

quando as almas não se encontram os corpos colidem
o futuro do pretérito é um tempo que eu luto para escapar

não existe futuro mais que perfeito

não posso falar sobre o que sei;
não posso falar sobre o que não sei;
empate

enquanto isso o mar revolto;
olhos fechados, á espreita, 
mas é isso aí: tudo se ajeita
enquanto tudo explode
aprecio mais um lindo fim de tarde
da mesma substância que são feitos os porcos

ao redor de toda gente estamos os dois a girar



estou a te pensar
desenhar nas paredes
e nelas subir
como uma metáfora
do que que está dentro
circulando por aí
uma colisão de bodes, assim é a vida nessa cidade

eu levito gente chata

enquanto onde me encontro


enquanto onde me encontro
ceifado de minha vida plena
preso, sem ter com quem falar
recordo melhores dias vividos
sem piedade, pressa ou escárnio
nostalgia ou saudade
lamento
enquanto onde me desencontro
perdido de qualquer modéstia
livre de outras memórias, sem lástima
ratifico, melhor chorar de ódio ou raiva
que lamentar a quadra dos amores
perdidos
gemo
enquanto assovio me desagravo
finto, esqueço, abraço, uivo
esquecido nessa cela
por ora, fumo, me esqueço
me encontro, desencontro
espero
mordo os cotovelos, corto os punhos
para ver o sangue verter,
fechos os olhos para melhor ver
três passos em rodopio
longa espera, noite sem estrelas
fugidia esperança que me faz tropeçar
entre duas águas, o mar outra vez
navego
negar até a morte o cansaço
o desagravo de tudo
meu egoísmo, minha bandeira rasgada
meu corpo partido
sem tempo para sonhar

eu me cansa

fui até uma livraria e comprei um livro de poesias; ninguém ganha nada com isso, talvez a livraria. deveria tê-lo furtado, valeria a adrenalina.
venho aqui e escrevo essa poesia,ninguém ganha nada com isso. deveria furtar uns versos, sairia mais bonito, mas o frio que sinto na barriga...
vontade nunca acaba de estradecer

nós vamos vamos continuar a nos deixar roubar até sempre
em que lua estamos agora?
qual a rua que você mora?
vambora, vambora



vamos sentir o máximo que a gente puder

congada de mogi


congada de mogi