prefiro ser um cão a dar uma opinião, ou o braço a torcer; non me frega niente, a dor de dente do vizinho, o beijo da morte, o tentar a sorte em paris, o longe daqui tem jeito, consultar a sibila; ir até a atenas pode acabar com tudo por aqui. continuo a sambar e a me safar nos sonhos
no meio de toda a ausência, das placas de publicidade, da debandada geral, da volta deles mesmos, das cenas tantas vezes repetidas, da mão que não alcança, do tráfego intenso, dos traços de avelã no biscoito de avelã, na urgência dos guarda-chuvas, no frio que nunca chega, do intenso sol que movimenta, das eternas prerrogativas, do depois a gente se vê, dos gritos, da cárie, da falta do teletransporte, da falta de sorriso não tenho tempo para dizer o quanto te amo, mas oh! te disse em cada linha, venha até aqui, junto comigo até qualquer lugar, e tudo se ajeita
domingo, 24 de junho de 2018
eu não queria ter ido a paris
nem a atenas
eu nunca deveria ter saído daqui
ele chegou a falecer, mas agora já está bem! adoro essas conversas de busão.
os caminhoneiros deveriam exigir a paz universal e a distribuição de nhá benta, além da proibição do sutiã de bojo e da barulhinho da máquina de dentista