quinta-feira, 27 de setembro de 2018


oh Deus! livrai-nos dos inocentes

furte-me também

tijela é com g; que descoberta maravilhosa!

desadaptação é meu diagnóstico; o resto é jogo de cena

como da última vez foi a primeira vez

o que esperar de um país que a vela de sete dias não dura nem cinco?
como tudo aquilo que não há
não me sacio nunca
se você não sabe quantos vaga-lumes eu tenho guardado

pelo menos o voto em papel servia para limpar a bunda

mãe que bom que tive você

eu te amo eu te odeio
rápido demais
mas te esquecer jamais


vou-me ás multidões

no final vai dar tudo certo porque é assim que eu quero

estou a um passo do próximo passo

fui a óbito mais uma vez

domingo, 2 de setembro de 2018

escrevo isso



escrevo isso com os ossos
com sangue e fluidos
tudo é terrível
a menos que estejas sorrindo
mas enquanto isso
vale cada gota de suor
cada subida á montanha
cada fracasso tentativa e erro
cada canto desesperado e assobio de velhas canções que nos fazem acreditar que mais que tudo
é preciso e necessário
essa lágrima
esse frio no estômago
essa multidão de nãos
para que, 
você sabe,
nós dois sorrindo