midnight train to georgia

vou pegar de novo um trem

pra georgia, lá pros lados das minas gerais.

gente como a gente está cada vez mais difícil de achar

bailarina 2

 

amor a flor da pélvis

algo mais que te defina

alegria, felina, feminina

nunca se acautele, rainha

algo mais que me alucina

o cheiro de tua pele

estrada que nunca termina

bailarina

querer-te menos

 

oh, como queria querer-te menos

aceitar-te como me aceitas

acenar-te ao menos, cabelos ao vento

um outro olhar, outro dia mais ameno

flores sobre os pelos e não mais dramas,

nunca mais nada nesse mundo pequeno

ah, como tu floresces enquanto tão minha

assim mesmo

enquanto tudo desmorona, esboroa, pulveriza

se anula, nosso voo se descortina

tua mão na minha

estrada que nunca termina

mais uma volta bailarina

ah, a lua em Itajubá

I

a lua não está

-sobre a impermanência-

mas está.

II

os dias passam

como se não houvesse lua

ah se eles pudessem nos escutar

III

a lua em Itajubá

de esconde-esconde

a brincar

IV

no vazio do céu

tão perto de mim

nunca quero te achar

lua nova em Itajubá

V

ah lua!

se eu te pudesse pegar

eu não te pegava não!