um fiapo de chuva
gente séria nas fotografias
keith jarrett
devoção
detesto conversas adultas
se alguém disser que sim, aí então
impressionante essa capa vermelha
tudo estava nas frases dos sambas da década de trinta
andar de branco as terças
se me provocam, ai se me provocam
silêncio entre amigos
ficar doente junto com a mulher amada
o galo canta de novo
nada de novo
bandeiras enroladas
faço uma leitura distraída da vida
nada na nove
gente séria é muito risível
o que me fez levantar, fará isso de novo
saudades do trovão
nunca me disseram que ia ser tão fácil
quando ela vem até aprece mentira
uma vira-lata de nome diana
juntando os cacos
é, a pomba morta
a grama crescendo
como será que é a neve?
caminhar onde não há caminho
meus pequenos defeitos
um caminhão, pegar carona em um caminhão desgovernado
meu olhar de tédio
todas as coisas que não são minhas
quando eu pensei que tchans, tchuns
minha cidade é Paris, mas serve Salto de Pirapora
usina abandonada
quando é que eu vou voltar a ver minha prima?
gelatinas coloridas
subir a escada
existe mais mistério que desejo
lendo livros em supermercados
o mal não é necessário
sinceramente eu não preciso de nada
a parede não me diz coisa com coisa
abrir a janela é um santo remédio
o prosaico não tá com nada
é difícil acertar a limonada
meu coração é um rio de merda
acho que eu provoquei um embaraço
a velha igrejinha
os guarda-chuvas chineses todos jogados na rua após a tempestade
livros de Nietzsche a dois reais nas máquinas automáticas
o garoto bêbado jogado ali ao lado
quem é que inventa o nome dos tornados?
todo mundo tem seu preço, eles devem supor que eu seja caro
claro e obtuso, mas usando o cabelo de lado
só o mistério
nada mais digno que as margaridas que crescem no meio do nada
o meu sorriso que não aparece
e tem gente preocupada com o uso dos carros
saudades do Mário Lago
acho que me distraí, e te perdi
fui dormir tantas vezes as cinco e agora acordo as cinco
c'est la vie
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