quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Wilson Grey, aniversariante do dia.
Aniversário do Wilson Grey, parece-me que o outro tempo era melhor, mas deve ser somente impressão.
O Wilson Grey é brasileiro, apesar da gente não saber o que é isso e não gostar disso.
Ele não é um tiozinho, quer dizer, a gente sabe o que ele quer quando põe a menina no colo.
Inclusive ele é um sofredor, e não obstante sabe rir. E ri na hora errada.
Adora um enterro. Tem medo da morte. Na verdade não acredita em Deus, ele engana Deus. Não acredita na própria morte, mas foge dela como quem foge da cruz.
Não gosta de trabalhar e trabalha até morrer.
Joga na loteria " nunca deu elefante, 347..."
Amou uma vez e depois: - Nunca mais! Apaixona-se a cada batida de pandeiro, por dentinho torto,frases como "agora você me deixou desconfiada!"
Ele não está nunca na direção, as vezes tem que empurrar o carro.
Nunca saiu do país, o lugar mais longe que ele foi é a Gamboa, mas faz-se entender até na China. Não sabe onde é a China, mas sabe que é longe.
Por duzentos mirreis puxou uma cana, cumpriu uma etapa, dormiu de olho aberto três dias, mas já esqueceu disso.
Não gurda mágoas, não tem bolsa, nem gaveta. A mudança cabe num envelope pardo: uma cartinha da mãe com algumas recomendações preciosas.
Não conheceu o pai. Trocaram algumas palavras, uma vez e bastou, nunca esqueceu. Sonha com ele, ás vezes com um dragão, outra como um cachorrão, em outras ele é um amigo.
Não gosta de criança.
Tem quatro afilhados.
Um dia ele pensou até que a coisa ia engrenar " as verdinhas vão chegar!, mas qual.
A frase que ele sempre repete:
- O que fode tudo é a esperança.
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