Fiquei sabendo agora que a Maria morreu. Ela morreu do coração.
Infelizmente penso que não vai nascer mais gente como a Maria.
Tem tanto nunca mais com a Maria, que eu até suspiro.
Nunca mais vou poder subir a 13 de Maio de braço dado com ela, cada uma mais feliz que o outro.
Nunca mais.
Nunca mais ela ao me encontrar vai falar:
Nunca mais vou poder subir a 13 de Maio de braço dado com ela, cada uma mais feliz que o outro.
Nunca mais.
Nunca mais ela ao me encontrar vai falar:
- Ô Belo, como é que você tá? E a lindinha?
A lindinha é a Adri.
e quando ela encontrava a Adri ela perguntava:
- Ô linda, cadê o belo?!
A Maria falava com aquele jeito italianado que todos nós falamos quando estamos no Bixiga.
Eu cutucava e provocava, mas a Maria nunca reclamou da vida.
Eu cutucava e provocava, mas a Maria nunca reclamou da vida.
- Tá tudo bom, tá tudo bem.
A Maria trabalhou como cuidadora de crianças, ela é uma criança também. Não preciso falar muito da Maria, né?! A gente olha a foto dela e vê tudo.
Há tempos ela vinha fraquinha, subindo a rua devagar. Ela varria a calçada todo dia.
O mundo fica tão mais sujo sem a Maria, agora eu abraço a Lu e eu choro.
Há tempos ela vinha fraquinha, subindo a rua devagar. Ela varria a calçada todo dia.
O mundo fica tão mais sujo sem a Maria, agora eu abraço a Lu e eu choro.
Até qualquer dia.
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