Hoje assistimos: Os melhores anos de uma vida. Com Anouk Aimeé e Jean Louis Trintignant, no Clube do Professor, sessão ás 11 da manhã.
Antes da sessão vi que o filme era francês, era o que sabia do filme.
Lá dentro , mais meia dúzia de pessoas na platéia, fiz as ligações; as cenas em preto e branco, aquele lindo casal, era o mesmo casal de velhinhos; que era aquele filme: Um homem e uma mulher, 50 anos depois. Muito elegante. Quando penso em elegância logo penso no meu ex-vizinho, Zédu, o mais elegante do Mantiqueira. No edifício 13 de Maio o páreo é duro: Chico e Renato, muito luxo prum prédio só.
50 anos depois o Trintignant nem levanta da cadeira de rodas, mas continua sedutor e, apesar do Alzheimer, fala vários poemas de Verlaine, o que enobrece qualquer película. Acho difícil esquecer da Anouk Aimeé.
A música do Francis Lai, é o sabada badá, você conhece e canta junto,.
Um filme francês é um filme adulto.
O amor na França, no cinema francês, é adulto; ou seja ele acaba e quando acaba, ele fica, porque é amor. É intenso. é Físico. os casais estão menos interessados em jogar a responsabilidade de ser feliz no amor no colo do parceiro.
Nesses filmes franceses, e mesmo nos livros, tem muita conversa. Angústia e Tédio. Sentimentos humanos mais profundos e verdadeiros.
Acho o mundo adulto interessante. e o brasil é um país infantil e incapaz de ter um amor adulto, mesmo no cinema. Um encontro amoroso, adulto, assim, é muito raro.
A gente, aqui no cinema, fica feliz com a nossa história, adulta. Do Nosso encontro. Que claro são os melhores anos de nossa vida. A Sandra Dorgan percebeu isso.
Saímos do cinema e comprei alianças.
Tudo me faz chorar.
Um carro a cem por hora ás seis horas da manhã nas ruas de Paris,
por ex.
Uma despedida e um reencontro.
Não é um filme piegas. Nem aquela esperança vã. Nem de grandes mensagens.
O filme termina com essa cena, a da foto, eles vão conseguir ver o por do sol. Nós também.
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