rasguem-se os sonetos
a emenda é a essência do hipertexto
sexta-feira, 31 de maio de 2013
SOS
esse ou esses
o passado é plural
coisas cheias de esses olhar em perspectiva
tudo que já passou
um mundo cheio de curvas
questões estancadas sem respostas
a raposa e a a uva que desdenhou
no press release
todos esses
as múltiplas alternativas
o cálculo de S
a falta de interesse
o novo gol de messi
muitos esses
sos :
eu quero algo que preste
o passado é plural
coisas cheias de esses olhar em perspectiva
tudo que já passou
um mundo cheio de curvas
questões estancadas sem respostas
a raposa e a a uva que desdenhou
no press release
todos esses
as múltiplas alternativas
o cálculo de S
a falta de interesse
o novo gol de messi
muitos esses
sos :
eu quero algo que preste
conversas comigo mesmo
nessas conversas comigo mesmo
sempre os mesmos planos
tantos enganos
vai e vens
morde e assopra
desencantos
eu me canso
sempre os mesmos planos
tantos enganos
vai e vens
morde e assopra
desencantos
eu me canso
em algum lugar do futuro
sem furo
sem fake
sem fantasia
de cara com a vida
nenhum mistério
sob a neblina
terça-feira, 28 de maio de 2013
alguém enxerga a foto?
A grama vem em rolos, eu não sabia. É colocada sobre pequena faixa de terra. A vida fará sua parte, algumas vezes surgirão raízes.
Nesse parque não é proibido pisar na grama. Passear na grama é uma atitude prazerosa, resgate de sensações perdidas no tempo, era pré-cimento.
No parque de diversões toda noite a grama será aparada, todo o lixo será retirado, a grama será replantada se preciso for.O trabalho de uns permitirá que alguns possam pisar na grama. Tudo tem um preço, acho que a grama é mais cara que o cimento.
Na foto todos sorriem, todos caminham apressados,todos carregam máquinas fotográficas. Antes, na era pré-cimento, em todas as fotos, todos permaneciam sérios, hoje todos sorriem. Ignoro o preço disso.
Ajoelhada na grama, em primeiro plano, não fazendo pose, ela abraço o filho, que ama. Seus cabelos longos, o jeito de princesa, orgulho, altivez, despreocupação, segurança, proteção, entrega ao presente. Uma mãe que abraça o filho.
O vento não balança nem um fio de cabelo. O vento não balança a grama. Calor.
Ao fundo as pessoas passam sem dar conta do amor que está em frente. Todos devem ter um amor.Todos caminham triunfantes, há algo a fazer. Existe um amor em algum lugar a esperar. Algum amor tem que existir. Compromissos são adiáveis, o amor não.
Mais longe o castelo de mentira, papelão colorido, pronto a desmoronar, mas não desmorona, aguarda a noite para os reparos, se necessário for. O castelo de papelão aguarda a noite para ser um verdadeiro castelo de sonho.
Tudo está por um fio, o vento não balança coisa alguma, nem o cabelo da princesa linda, nem a grama, nem o castelo de mentira, mas o vento existe, embora não possa ser visto.
Ninguém vê o fotógrafo.
Nesse parque não é proibido pisar na grama. Passear na grama é uma atitude prazerosa, resgate de sensações perdidas no tempo, era pré-cimento.
No parque de diversões toda noite a grama será aparada, todo o lixo será retirado, a grama será replantada se preciso for.O trabalho de uns permitirá que alguns possam pisar na grama. Tudo tem um preço, acho que a grama é mais cara que o cimento.
Na foto todos sorriem, todos caminham apressados,todos carregam máquinas fotográficas. Antes, na era pré-cimento, em todas as fotos, todos permaneciam sérios, hoje todos sorriem. Ignoro o preço disso.
Ajoelhada na grama, em primeiro plano, não fazendo pose, ela abraço o filho, que ama. Seus cabelos longos, o jeito de princesa, orgulho, altivez, despreocupação, segurança, proteção, entrega ao presente. Uma mãe que abraça o filho.
O vento não balança nem um fio de cabelo. O vento não balança a grama. Calor.
Ao fundo as pessoas passam sem dar conta do amor que está em frente. Todos devem ter um amor.Todos caminham triunfantes, há algo a fazer. Existe um amor em algum lugar a esperar. Algum amor tem que existir. Compromissos são adiáveis, o amor não.
Mais longe o castelo de mentira, papelão colorido, pronto a desmoronar, mas não desmorona, aguarda a noite para os reparos, se necessário for. O castelo de papelão aguarda a noite para ser um verdadeiro castelo de sonho.
Tudo está por um fio, o vento não balança coisa alguma, nem o cabelo da princesa linda, nem a grama, nem o castelo de mentira, mas o vento existe, embora não possa ser visto.
Ninguém vê o fotógrafo.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
que lua
profunda
no alto
nova
tão velha
cheia
vazia
minguando
crescendo
no meu quarto
muda
fala tanto
que me cala
que lua
miss floripa 2013
Miss Floripa,
quebra de paradigma.
Não adianta ser bonzinho, não adianta ser bonitinha.
Tem é que fazer!
conservadorismo não tem futuro
Não sei o que é pior: ser conservador sem sabê-lo, ou sabendo, sê-lo.
Será que escuta o estampido? Será que enxerga a corrente?Será que sente a canga? Será que enxerga a vida de gado? Será que não se toca?
Mergulhado no umbigo,, raso e sem sonho,, apegado a mentira do passado sem olhos para o futuro,, não percebe a própria destruição a que é submetido e reproduz submetendo.
domingo, 26 de maio de 2013
o tempo # 2
Conheço menos sobre mim que sobre o tempo
e não sobra tempo pra nada além de pensar na passagem do tempo
e não sobra tempo pra nada além de pensar na passagem do tempo
o tempo # 1
o futuro não é mais importante que o passado.
o passado não é melhor que o presente
o presente não existe, o futuro não existirá, o passado é uma invenção.
Onde vamos buscar nosso tempo?
o passado não é melhor que o presente
o presente não existe, o futuro não existirá, o passado é uma invenção.
Onde vamos buscar nosso tempo?
sexta-feira, 24 de maio de 2013
ainda te pego
correndo
subindo
descendo
escorrendo
pelo dedo
mercúrio
cromo
beleza
vênus
veneno
na curva
na ladeira
no alto da montanha
no fundo
ainda te pego
subindo
descendo
escorrendo
pelo dedo
mercúrio
cromo
beleza
vênus
veneno
na curva
na ladeira
no alto da montanha
no fundo
ainda te pego
algo extraordinário
quando quero algo extraordinário
eu olho pro futuro ou pro passado
tanto faz, o presente sempre está do meu lado
eu olho pro futuro ou pro passado
tanto faz, o presente sempre está do meu lado
quinta-feira, 23 de maio de 2013
nem sim nem não
nem flor nem chão
nem namoro nem sexo
nem Aristóteles nem Platão
a prosa procura uma saída poética
nem Jamaica nem neve
nem cavaleiro nem cavalgado
nem pobreza nem patrão
a poesia procura a prosódia
nem enciclopédia nem tostão
nem boneca nem bofe
nem carinho nem carão
o heroi procura uma saída menos indigesta
nem solitude nem solidão
nem mais nem menos
nem janela nem portão
a mocinha procura mas não acha
nem sim nem não
nem Rockfeller nem Onassis
nem diretor nem peão
no limbo
onde todos reunidos passamos os fins de tarde
desprovidos de qualquer possibilidade de escolha
tiritando de tédio
um espinho perturbando tudo
nem namoro nem sexo
nem Aristóteles nem Platão
a prosa procura uma saída poética
nem Jamaica nem neve
nem cavaleiro nem cavalgado
nem pobreza nem patrão
a poesia procura a prosódia
nem enciclopédia nem tostão
nem boneca nem bofe
nem carinho nem carão
o heroi procura uma saída menos indigesta
nem solitude nem solidão
nem mais nem menos
nem janela nem portão
a mocinha procura mas não acha
nem sim nem não
nem Rockfeller nem Onassis
nem diretor nem peão
no limbo
onde todos reunidos passamos os fins de tarde
desprovidos de qualquer possibilidade de escolha
tiritando de tédio
um espinho perturbando tudo
terça-feira, 21 de maio de 2013
eu sei o que é a eternidade
eu sei o que é a
eternidade
é o navio que parte
o céu mudando de cores no
fim da tarde
uma criança envergonhada
um velho que adoece na
esperança de um afago
a espera de uma palavra do
pai
o beijo da mulher amada
o movimento da pedra
o último trago no bar
o perfume do estrume na
alvorada
o fogo ardendo mar adentro
a introdução do Fausto de
Goethe
e de Van Gogh a noite
estrelada
eu sei o que é a
eternidade porque eu não sei o que é esperar
sobre furtar versos
todos os versos já foram escritos
mas como ninguém lê
eu continuo a furtar versos
mas como ninguém lê
eu continuo a furtar versos
domingo, 19 de maio de 2013
a vida não cabe no bolso # 73
nós que passamos apressados pelas ruas da cidade, nos enganamos mutuamente com desejos de coisas boas que definitivamente nunca vão acontecer.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
estica a corda cumpadi # 23
só é chato ouvir a mesma música vinte vezes seguida se não foi você quem a escolheu
segunda-feira, 13 de maio de 2013
poesia não vende
poesia não vende
poesia não é suspiro
nem merengue
poesia não se vende
poesia nunca é fácil
poesia é o maior perrengue
gosto disso
rua 13 de maio
Então um dia, na verdade uma noite, eu conheci a Rua 13 de Maio e minha vida mudou, eu mudei a minha vida.
Hoje é o dia 13 de maio, e eu moro na 13 de Maio, lugar onde há 30 anos eu andava nas madrugadas, onde eu conheci o mundo e conheci o meu eu mais profundo.
Eu morava no 9 de julho, e meus pais chamavam ali Centro. Fui estudar no Maria José e descobri que morava na Bela Vista. Aí comecei a andar sozinho e descobri que sou do Bixiga.
domingo, 12 de maio de 2013
contradição
Eu sou um bicho do mar
eu sou uma estrela do mato
eu sou um pênalti batido pra fora
na final do campeonato
eu fico muito tempo fora do ar
eu sou todo errado
eu não consigo ir além de mim
nem ser eu de fato
mas ás vezes
tudo dá tão certo
que eu me acho
Alô Mamãe
Eu ligava todo dia para minha Mãe. Duas vezes.
Ela reclamava, praguejava.
Um dia, de manhã, eu ligo:
- Oi Mãe, tudo bem?
Ele responde:
- Tudo ótimo, na mais santa Paz.
Eu disse:
-Desculpe, foi engano.
E desliguei o telefone.
Ligo rápido de novo:
- Mamãe...
Ele me corta imediatamente:
- Sei filho da ...
sexta-feira, 10 de maio de 2013
quarta-feira, 8 de maio de 2013
segunda-feira, 6 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
chavões
desagradando gregos e baianos
agradando paulistas e troianos
lobo em pele de cordeiro
a raposa toma conta do galinheiro
do clichê ao voo pássaro
da colher de chá a não colher o que se plantou
o café com leite requentado
comendo o pão que o diabo amassou
meu mundo está inteiro aos pedaços
barricadas
eu não vou ter
eu não vou estar
eu não Voltaire
longe da guerra
eu mudo de ar
eu mudo de palavras
eu não Pavlov
longe do movimento
eu e o cigarro elétrico
eu e a cultura dietética
eu e o engov
para tudo Molotov
eu não vou estar
eu não Voltaire
longe da guerra
eu mudo de ar
eu mudo de palavras
eu não Pavlov
longe do movimento
eu e o cigarro elétrico
eu e a cultura dietética
eu e o engov
para tudo Molotov
sábado, 4 de maio de 2013
Assinar:
Postagens (Atom)