Fugir da dor, lamentar o mau tempo, não pensar nas dívidas, sublimar, sublimar. Esperar inutilmente novos feeds, 32 pessoas dão um curtir na minha página, ir á academia, comer um pote de sorvete, cortar o cabelo, cagar dois quilos certos, tomar um gelmax. Fazer um genuflexo, esperar um amplexo na paulista, mar de mineiro, poesia, poiesi, dar um rolê na cracolândia, balançar o corpo, ler um livro, roubar um verso.
Se eu me reconheço nessa foto? se eu me reconheço na tv? se eu entendo o que as maritacas grasnam? se vai chover?
O mundo desaba em risos e cinismo, cada qual escolhe seus inimigos; o governo federal ou municipal, psdb e pt tudo a mesma bosta.
A falta que o futebol faz... ânsia por notícias de novas contratações.
Montaigne foi ministro,Goethe tambem. Malgrada a comparação, FHC e Gil estiveram aqui. Mas corruptos são os outros, o inferno são os outros. Filósofos são os outros.
Shoppenhauer dá um tempo e vá tomar um pouco de Sol.
O fado é foda. E se você não percebeu, eu sou negro.Isso tudo que você leu até agora é somente um pouquinho do que eu venho pensando pela manhã.Ainda bem que nínguem me vigia.
Ora como são as coisas... de um post no Facebook fui ao baú da memória:, falava-se de Mulheres Ricas, programa de tv (reality show ?) e eu pensei em muitas coisas: a vida dos outros , ou o estabelecimento da vida vicária( falou Décio Pignatari ainda nos anos 80), uma sociedade de espectadores, a vida mediada pelo vídeo - ou redes sociais.
E eis que, via Google, Wikipedia,acabei chegando na empatia, em justiça restaurativa, em Quando Niestzsche chorou, em Carl Rogers e acabei aqui, de novo.
- você vive da exploração dos sentimentos, da miséria e do rídiculo dos outros.
- cuméqueé?!
- se não qual o motivo de assistir esse lixo na tv?
- eu estou me distraindo um pouco, nem estou prestando atenção.
- então por que o sorriso?
- olha eu estou cansado de tanta teoria...
- por que você não lê um livro? leia o Nietzsche chorou.
O Rio de Janeiro continua lindo, mas a praia não é democrática. Isso é uma falácia, todo mundo seminu. Felicidade á vista. Mas é, vide Faixa de areia, documentário, é cada um, cada qual na sua faixa de areia, vide Country e Ponta do Arpoador. Outra do baú da memória, desce a favela no Arpoador, dos ônibus, as janelas do bus esporram favelados, felizes, em algazarra, grasnando linguas incompreensiveis, corpos sarados , maravilhosos, juventude saqueando o que coubesse nas mãos. Corações e mentes longe. E nós passamos por eles e eles passaram por nós sem se tocar. Invisibilidade da favela até chegar á Copacabana, á zona Sul. E nós pobres paulistas sem Sol, sem mar, sem corpos seminus, teorizando tudo.
Li e gostei, Maurício. Fiz questão de passar aqui para ler alguns de seus escritos e este está bom. Continue assim, escrevendo livremente sem se encanar com o que pensam do que você escreveu (refiro-me àqueles críticos destrutivos). De minha parte, pretendo vir aqui de quando em quando para ler seus escritos.
ResponderExcluirAbração
Carlos Guilhem