deixe-se levar
renata roman
por que não deixar-se levar pelo leve vento que ondula a penugem do braço e que lá longe ao mesmo tempo ondula as águas do lago que se esconde entre os mares de morros refúgio de um sem número de bichos que balançam entre as árvores ou por entre elas vagueiam em suas lidas não fazendo planos sob as árvores que frutificam pois tem que frutificar e quando das árvores as frutas caem e fazem surgir outras árvores que são a massa verde que minha vista alcança na divisa dos mares de morros cuja linha encontra-se com o céu de um azul cobalto com algumas poucas nuvens que se movem como meu pensamento se move como meu pensamento me move levando-me para aquele lugar
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