o fim da boêmia
cristal partido
milionésima vez no paraíso
andar em frente.
olhar com olhos de se me quer
e pousar no ar.
dessas coisas que já não estão
não procuro mais
o lado bom daquele disco
e inventar coisas,
sofrer sem motivo.
multiplicidade:
as ruas estão cheias de gente convicta
se divertindo
estou sem meus sunglasses
sem graça
tempo obscuro
assim fica difícil
consultar no copo de vidro
entender o passado.
daquele disco riscado
ficou o grito.
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