domingo, 8 de junho de 2014
encontro com famosos 14 # marinho chagas
Meu irmão Marcio Miele, que sabe tudo, que sempre soube tudo, era fã do Marinho.
Em 1974 eu perguntei pro Marcio:
- Que time você torce?
- Que time joga o Marinho?
- No Santos.
- Então eu sou santista!
Eu havia confundido o Chagas com o Perez, outro Marinho da seleção brasileira. Então o Márcio foi santista, por alguns meses até eu desfazer a confusão. Marcio ter sido santista só confirma a malandragem suprema do pequeno.
Acusado de irresponsável e maluco, jogava com a facilidade de quem faz as coisas brincando, sem dificuldade, sem esforço.
Depois de Nilton Santos e antes de Júnior, Marinho Chagas foi o melhor. O melhor no tempo da minha infância, e de Marcio também; sendo o melhor no tempo da infância, é um herói mítico, e aqui o reverencio, com o sagrado fogo das boas intenções.
Muito água caiu, muito fogo queimou. Marinho Chagas acabou jogando no São Paulo, alegria minha e do mano.
Em 1981 Marinho Chagas cruzou três bolas na cabeça do Serginho Chulapa, e o tricolor ganhou de três um do Grêmio, numa tarde de muita chuva, em que Marinho, Serginho, eu e Marcio dançamos e cantamos de muita alegria e felicidade.
Já nos anos 90 eu estava á toa na vida, rodando as ruas em busca da vida parar. De rolê num fim de tarde
áquela hora quente, hora de sair da toca, procurar algum expediente, matar a fome, correr atrás, buscar distração, alívio. chamar essa hora de happy hour é tão tristinho...
desço o viaduto major quedinho, venho saindo da santo Antonio, do outro lado o movimento do escadinha nunca me atraiu, ficar bebendo cerveja sempre achei a maior das caretices.
distraído, mas atento, esbarro com o Marinho Chagas.
- Ô MARINHO CHAGAS! Obrigado por aquele golaço pela Seleção Brasileira, obrigado pelos ótimos cruzamentos no são Paulo, você foi um dos maiores!
Marinho, só disse:
- Não foi nada. fiz tudo brincando!
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