entretenimento.
cuidado como entretenimento!
há tempos pensei em escrever um artigo sobre o "plano americano" sobre o "enquadramento" do filme americano. esse plano cinematográfico enquadra os atores do joelho pra cima; ora, num desenho infantil a falta de base, com pessoas flutuando, revela insegurança, pessoas sem apoio.
Não á toa o plano americano privilegia, nos filmes de cowboy, os revólveres.
A influência dos filmes americanos na vida dos americanos, na vida de nós, também americanos, mas menos americanos que eles (esse o plano americano?) e de cada canto do mundo, craro cróvis, é enorme.
nesses milhões de filmes americanos de entretenimento repousam, segundo minha ideia, o grande plano americano de fazer cabeças.
Casa Gucci: a social climber, a pobre menina, nem tão pobre assim, mas perto dos Gucci..., a menina carreirista que conquista o ingênuo príncipe abobalhado e toma decisões, tem faro comercial, tino, e mais que ajudar, é a verdadeira agente de tomadas de decisões...essas velhas estereotipizações, enquadramentos de personagens com poucas nuances...
O filme é longo, mas o Ridley Scott segura uma produção assim. Assim é o que se espera, estereotipadamente, de um filme com assinatura dele, e assim é o que acontece.
O filme é longo, mas o Ridley Scott segura uma produção assim. Assim é o que se espera, estereotipadamente, de um filme com assinatura dele, e assim é o que acontece.
Por ser longo até aparece uma ou outra nuance; o abobalhado deixa de ser abobalhado (reata? um romance com uma amiga de juventude, colocando no lugar a pobre Patrizia) e Patrizia, Lady Gaga, a italianinha, Lady Gaga, eu torço por ela, é o orgulho da italianada! que num olhar no começo o filme enxerga um peixão ao ouvir o nome Gucci, no quarto final do filme só quer defender a família,etc. Faz mais um filme com uma interpretação correta, com sensualidade, grandes olhos e explosões macarrônicas de signoras italianas
Aldo, Al Pacino véinho, e Paolo, Jared Leto irreconhecível, e irretocável na sua interpretação de um idiota, são a parte brega da família. Jeromy Irons atua como se fosse um conde, o verdadeiro Gucci, invenção de novos ricos, que com o dinheiro se tornam a verdadeira nobreza.
Gucci, um nome da moda (que é passageira por definição) sofisticado, baseado mais nas bolsas e no mocassim icônico, é uma daquelas marcas que despertam o desejo de nobreza, de sobressair na multidão, de ser gente, ser alguém. Inclusive eu possui um tênis de couro branco da Gucci, comprado na casa José Silva.
Gucci, um nome da moda (que é passageira por definição) sofisticado, baseado mais nas bolsas e no mocassim icônico, é uma daquelas marcas que despertam o desejo de nobreza, de sobressair na multidão, de ser gente, ser alguém. Inclusive eu possui um tênis de couro branco da Gucci, comprado na casa José Silva.
A cena da Lady Gaga, com uma peruca extravagante, indignada com a falsificação dos produtos é basilar: o que é falso e verdadeiro nesse mundo?
Esse entretenimento, filme de longa duração, duas horas e meia, passou sem causar tédio ou dor no cóccix; me distraí.
Mostra, o filme, várias falcatruas da família, e tem o mérito de não abusar de flash backs, recurso muito usado e batido, para mim cansativo.
Entrei no modo entretenimento, deixei fluir, apreciei a paisagem de roupas classudas, de ambientes sofisticados, dos palácios e do cheiro do couro.
E tem o mérito, pra mim, de me fazer refletir nesse tal entretenimento. Quando me percebi nele, despertei e pensei no plano americano de fazer cabeças, sem que a gente perceba que tem uma.
E tem o mérito, pra mim, de me fazer refletir nesse tal entretenimento. Quando me percebi nele, despertei e pensei no plano americano de fazer cabeças, sem que a gente perceba que tem uma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário