quinta-feira, 6 de setembro de 2012
as mensagens foram dadas todas
Eu estou há tempos vendo a impossibilidade de qualquer ação conjunta, mas aqui e ali eu vejo uma dúzia de pessoas legais.
Eu tenderei sempre ao romantismo, à uma visão idealizada da coisa, muitos chamam de pieguice, outros mais de platonismo.
Mas tudo cai por terra num pequeno passeio (eu dei um rolê, eu ouvi algumas coisas num ponto de ônibus... ) daí a impossibilidade da ação conjunta.
Eles venceram faz muito tempo, eu rio, eu grito, eu venho aqui, a gente já fez muito,mas eles são muitos, eles são quase todos.
Muitas pessoas, até mesmo pelo platonismo, saem pra porrada, vão pras barricadas, para o terrorismo. Mas para defender pontos de vista muito individuais, verdades pessoais.
Mas eu tô fora. Se não for todo mundo, não vira, e não virá, não vai rolar.
O povo, e mais todo mundo, canta:
- eu quero tchu, eu quero tcha.
Todo mundo quer se divertir, dar risada, dos outros, não riem de si mesmos.
O povo é doidão na caretice de tomar cerveja, fumar cigarro, de curintcha, de se encoxar em busão.
Isso é agora 2012, mas podia ser 1200 ou 750.
Isso tudo é coisa de quinhentos réis, é uma baixaria.
O que a gente queria, é "luxo para todos", " vista com mar pra todo mundo".
Mas isso não vai rolar, não é por aí. As mensagens mais positivas, as que eu abraço, são outras.
Eu falei, 'eu", algumas vezes. E falei a gente só no fim. Isso é:
- nós, coisa muito difícil de engolir, de desatar.
Nós estamos amarrados e presos sem saber como lidar com isso, juntos no mesmo destino.
Depois da estação Finlândia, o trem continuou a andar , mas não foi o caminho para utopia.
O trem está fora dos trilhos, e a gente está indo cada um com seus pés, cada um evoluindo como pode.
Não vai dar pé pra todo mundo
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