terça-feira, 31 de janeiro de 2012

we have mountains climb

MUHR

Tema caro.

"A montanha representa a inspiração divina e é o foco de peregrinações de transcendência e elevação espiritual. É um símbolo universal do estar mais perto de Deus.

O simbolismo da montanha é múltiplo: prende-se à altura e ao centro. Na medida em que ela é alta, vertical, elevada, próxima do céu, ela participa do simbolismo da transcendência; na medida em que é o centro das hierofanias atmosféricas e de numerosas teofanias, participa do simbolismo da manifestação. Ela é assim o encontro do céu e da terra, morada dos deuses e objetivo da ascensão humana. Vista do alto, ela surge como a ponta de uma vertical, é o centro do mundo; vista de baixo, do horizonte, surge como a linha de uma vertical, o eixo do mundo, mas também a escada, a inclinação a escalar.

Simboliza constância, permanência, quietude e o seu cume representa espiritualmente o estado absoluto de consciência. A montanha exprime ainda as noções de estabilidade, de imutabilidade, às vezes, até mesmo de pureza.

Na mitologia taoísta, os Imortais iam viver sobre uma montanha, que era chamada A Montanha do Meio Mundo, em torno do qual giravam o Sol e a Lua.

O simbolismo mitológico da montanha primordial ou cósmica encontra certo eco no Antigo Testamento. As altas montanhas, lembrando fortalezas, são símbolos de segurança.

As tradições bíblicas e as da arte cristã extraem três significações simbólicas principais da montanha: 1. A montanha faz a junção da terra ao céu; 2. A montanha santa se situa no centro do mundo; 3. O templo é associado a essa montanha."

http://www.salves.com.br/dicsimb/dicsimbindex.htm

Código florestal

O Brasil perde uma grande chance de dizer algo de positivo ao mundo. Lamento muito o Brasil não ter uma proposta de civilização diferente, baseada na ausência do preconceito, da não violência, do respeito as individualidades, do desapego, do respeito a natureza, de uma espiritualidade religiosa, da compaixão, da paz e do amor.

Lamento muito a mensagem que o Brasil passa ao mundo, de ser potência econômica e um desastre no social e na convivência entre as pessoas.

Eles são muitos e á mim não adianta poder voar

infindável série "coisas que fazem desee país o Bananão" #2

Tanta gente sem casa, tanta casa vazia.
Quando o povo vai á luta, repressão em cima deles.

infindável série"coisa que fazem daqui o Bananão" Ex-Hospital Matarazzo

Aqui vai ser um hotel 6 estrelas. Aqui era um hospital. Isso é Bananão.

dolce far niente


nessa coisa de não fazer nada eu sou muito bom

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

a busca diária do pão
faz com que a gente se perca do caminho
de encontrar o fio
que costure esse pequeno grande vazio

domingo, 22 de janeiro de 2012

tu

tudo que poderia ter sido
tu que poderia se
que poderia ter
poder se
por-te
te

desde que sai do ninho

desde que sai do ninho
náufrago
de bote em bote
voa

pena
passarinho sem canto
não tem onde pousar

até quando

enquanto aguentar
até quando
triste espera
mudar o mundo
muda espera
sentado calado
enxerga o mundo
nada espera
etc.

onde eu quero chegar # 2

pernas duras
ruins pro samba e pra bola
que me deixaram aqui
aonde ir agora
quando caminhar a té a Barra Funda
não é mais um passeio
e o Bom  Retiro
não é mais logo ali?

pernas fortes
de sagitário e caranguejo
me levem pra mais longe
esse lugar de sonho
para o alto da montanha
Bela Itália
a viagem de volta
andar na neve no Parque Cilento
que é onde chega o meu beijo

você chegando

tudo volta
mãos suadas
o coração apertado
nó na garganta
pernas bambas

tudo solto
meus sonhos
o nosso lugar comum
a minha boca
nosso sexo

descompasso

o descuidado descompasso
entre o que eu penso e faço
é armadilha frequente
que eu mesmo traço

em algum canto dessa cidade

em algum canto dessa cidade
centro suburbio periferia
o nome qualquer que quiseram dar
haverá de haver um lugar
um banco de praça uma almofada um tapete alar
onde distraídos falaremos
do grande desequilibrio
de tanta coisa a acertar.

não existe um alvo
é uma conversa
o que der na telha
qualquer coisa
um mantra uma manta um cobertor quentinho
um lugar pra dar um tempo
namorar

circular # 2

a inconsciência deriva

como não julgar a nossa fome de lixo?

quando tudo mais arrebentar
satisfeitos estaremos
em alimentar nossas úlceras
testemunhas únicas a gritar
sobre esse tempo infértil

jardim patente

sem patente nesse jardim sem flor
soldado raso sou
nesse jogo de profunda dor

papel em branco

papel em branco
de onde vem todas as coisas
as que vem e as que vão
esquivas são as fontes
por quem meu coração balança
a lua a mulher a esperança
verdes mares ventos morros e montanhas
tudo que meu olhar alcança
o que eu não vejo
o  que eu não digo eu não ouso
não ouço e não penso

serena é a branca nuvem
que passa e leva tudo
o que não sei e inclusive
o que pensei

rg

do Nascimento, promessass que não se realizam
Mieledramático
mui Bueno, samaritanamente
sem louros na chegada

a caneta acaba

a caneta acaba
o dia temina
só o verso não chegou ainda

luz da minha miserável vida

luz da minha miserável vida
se tu soubesses não seria
cigarra em conflito com a formiga


driblemos tudo
a dor o esquecimento a melancolia


e juntos
escalar montanhas domar cavalos confortar os desconfortados
viver a vida sonhar ousar


nada  é sem você amada minha

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

etta james

Daqui há 30 anos eu não estarei mais aqui, a blogosfera também, tanta coisa deixará de existir, mas ETTA JAMES nunca deixará de cantar.
amo, amor, amo ETTA JAMES

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

o que o corpo pede

o que o corpo pede
e a alma implora
agora chora na madrugada
por que a mente não obedece
e o peito arfa sozinho

nós sabemos por quê
os gatos miam na madrugada
e o quê aqueles que tem as mãos postas em súplica
blasfemam na oração

mas nada adianta
presos á terra
de olho nas estrelas
triste é nosso destino

horas passam devagar
Não existe esse mapa
não há como chegar
abandonados á própria sorte
sem novelo de linha
sem mapa da mina
esse é o nosso destino
nós não temos para onde voltar

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

De fato eu prefiro a matéria gente. Com todas as imperfeições, maldades, desvios e loucuras. A inaptidão para viver não é só minha, não somente eu sou contraditório, não somente eu grito e peço ATENÇÃO. prefiro gente, que sofre e segue buscando.

canibalizar a juventude sem culpa



canibalizar a juventude sem culpa
cupcakes, bolinhos de chuva
manter acesa a chama
Shame chama Shane

os brutos tambem amam
invadir as praças
baionetas, mãos ao alto por favor
subir o morro como quem desce
os raios que partam
os amores que fiquem
A compreensão de tudo não é possível. Entender a consciência como a militante - Mauro Iasi, no Dilema de Hamlet ; ou o paradoxo Zumbi, de Chalmers ; ou "o modo como o mestre do chá caminha inconscientemente" de que falou Leminski em Bashô-  partir de uma perspectiva marxista,  zen ou canibalizante, não me é possível.
Eu sou frouxo, mas a minha intensão é de passeio: " abandonai qualquer esperança "estava escrito na entrada" mas os anônimos estão chegando, os alquimistas tambem, estou lendo Sailormoon, e Simão Salomão, um anjo doido ,me falou do Aguillar. Saravá!


pé ante pé
de tempos em tempos
faça chuva ou faça sol
fugir do lugar comum
não é para qualquer um

suprêsa a
presa
reflete na lágrima
do caçador

domingo, 15 de janeiro de 2012

deitada no chão malhado do quarto agora de dormir
por entre trapos da cortina esfarrapada
a luz da lua não deixa seu desejo fugir
ela sonha  acordada
com alguma coisa feliz


enquanto acaricia seu corpo
pensa no amor dos outros
em gente de fora da favela


nem uma  ponta de tristeza
depois
fica
amanhã é outro dia


não é que o sonho atrapalhe
que a luz da lua ilumine
que o chão seja duro
que ela sinta desejo
que o amor seja o dos outros
mas o não
abandonar-se,  o não
extrair de si o desejo
é que faz ela viver o paradoxo zumbi

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

mas uma árvore não pode voar

o colibri sem exaltação aguarda a troca de água na vasilha
annie lenox canta uma bonita canção de paz
a desordem de hoje não será igual a de amanhã
todas as coisas são feitas para o que há
e no entanto
o vento faz com que as folhas balancem
e uma planta presa no vaso
bate as asas sem parar

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Hoje começará o zoo da tv: Big Brother. Estereótipos com comportamentos patológicos que serão incensados e copiados por adolescentes de todas as idades

Passar o tempo.

Fugir da dor, lamentar o mau tempo, não pensar nas dívidas, sublimar, sublimar. Esperar inutilmente novos feeds, 32  pessoas dão um curtir na minha página, ir á academia, comer um pote de sorvete, cortar o cabelo, cagar dois quilos certos, tomar um gelmax. Fazer um genuflexo, esperar um amplexo na paulista, mar de mineiro, poesia, poiesi, dar um rolê na cracolândia, balançar o corpo, ler um livro, roubar um verso.

Se eu me reconheço nessa foto? se eu me reconheço na tv? se eu entendo o que as maritacas grasnam? se vai chover?

O mundo desaba em risos e cinismo, cada qual escolhe seus inimigos; o governo federal ou municipal, psdb e pt tudo a mesma bosta. 

A falta que o futebol faz... ânsia por notícias de novas contratações.

Montaigne foi ministro,Goethe tambem. Malgrada a comparação, FHC e Gil estiveram aqui. Mas corruptos são os outros, o inferno são os outros. Filósofos são os outros.
Shoppenhauer dá um tempo e vá tomar um pouco de Sol.

O fado é foda. E se você não percebeu, eu sou negro.Isso tudo que você leu até agora é somente um pouquinho do que eu venho pensando pela manhã.Ainda bem que nínguem me vigia.

Ora como são as coisas... de um  post no Facebook fui ao baú da memória:, falava-se de Mulheres Ricas, programa de tv (reality show ?) e eu pensei em muitas coisas: a vida dos outros , ou o estabelecimento da vida vicária( falou Décio Pignatari ainda nos anos 80), uma sociedade de espectadores, a vida mediada pelo vídeo - ou redes sociais.
E eis que, via Google, Wikipedia,acabei chegando na empatia, em justiça restaurativa, em Quando Niestzsche chorou, em Carl Rogers e acabei aqui, de novo.

- você vive da exploração dos sentimentos, da miséria e do rídiculo dos outros.



- cuméqueé?!


- se não qual o motivo de assistir esse lixo na tv?


- eu estou me distraindo um pouco, nem estou prestando atenção.


- então por que o sorriso?


- olha eu estou cansado de tanta teoria...


- por que você não lê um livro? leia o Nietzsche chorou.

O Rio de Janeiro continua lindo, mas a praia não é democrática. Isso é uma falácia, todo mundo seminu. Felicidade á vista. Mas é, vide Faixa de areia, documentário, é cada um, cada qual na sua faixa de areia, vide Country e Ponta do Arpoador. Outra do baú da memória, desce a favela no Arpoador, dos ônibus, as janelas do bus esporram favelados, felizes, em algazarra, grasnando linguas incompreensiveis, corpos sarados , maravilhosos, juventude saqueando o que coubesse nas mãos. Corações e mentes longe. E nós passamos por eles e eles passaram por nós sem se tocar. Invisibilidade da favela até chegar á Copacabana, á zona Sul. E nós pobres paulistas sem Sol, sem mar, sem corpos seminus, teorizando tudo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Neste ano novo de 2012 desejo a todos os amigos

longos passeios a pé com amigos inteligentes e dispostos ao diálogo


companheiros e ou companheiras amorosos e que usufruam o melhor de nós


corpos sadios que possam usufuir um bom amor a qualquer hora e em qualquer lugar


ficar junto com pessoas que não pensam em dinheiro somente mas no materialismo espiritualizado


momentos em que a matéria esteja repleta de espirito e este saciado da matéria


conversas em volta de fogueiras, gente com flor nos cabelos, sons de violão e flauta


menos drogas e mais delirios


encontros casuais que mudem as nossas vidas para melhor


revelações de problemas intrincados através de sonhos


leituras de poesia no alto de edificios


visitar lugares desconhecidos e descobrir que o melhor lugar é sempre quando você está em paz consigo mesmo


encontrar a paz consigo mesmo através de meditação alimentação correta e leitura de magos, com Roberto Piva, Paulo Leminski, Mario quintana, Clarice Lispector , Hilda Hilst e outros malucos.


Paz e amor

terça-feira, 3 de janeiro de 2012



a montanha passou
a chuva passou
o rio passou
como o ferro e o fogo
como tudo
que tem que passar
o amor dos passarinhos
é breve
mas deixa marcas
nos ninhos
gosto de muitas coisas ao mesmo tempo
e os meus olhos ficam frequentemete cheios d'água
ao ver meninas bonitas cantando

aquela imensa ave

Estava ali pousada imersa na certeza de sua extrema beleza contida na força análoga de suas asas e não se deu ao trabalho de mirar-me. Ela ancestralmente conhecia o pavor que sua figura invulgar era capaz de proporcionar.
Eu a pressenti e a percebi abrindo em leque o metro meio de suas asas vermelho esverdeadas.Não havia fuga possível. Espremido contra a parede a pressão insuportável de sua magnitude aterrorizou-me e não existiu outra alternativa a não ser voar.
essa ordem das coisas
velho caminho desconhecido
pegadas embaralhadas pelo tempo
pousa um pássaro
voou o passado
reverso
nada mais é meu

voa um pássaro
flui o tempo
repenso
nunca nada foi meu