O espirito do Vai-Vai continuará livre, envolvendo e protegendo nossa comunidade.

Não importam os muros derrubados; o chão sagrado, carregado de suor da escola do povo, continuará a abençoar nossa raça. A Saracura não morre!

Minha vida está marcada por uma noite em 1974; passeando com meus amigos eternos de infância, encontramos o povo na rua; a rua era a Santo Antonio. Os instrumentos da bateria estavam sobre panos na calçada e as pessoas podiam pegar e tocar. Nós tínhamos um vizinho, um ruivo, gordinho de bochecha vermelha e cabelo black power, que foi um dos que tocaram aquela noite. Fomos até a o Vai-Vai sambando nas ruas.

Vai- Vai a escola do Bixiga e do povo!

Após o amor, a cama fica desarrumada.

Arrumar a cama é fácil; arrumar outro amor é difícil

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fazer resenha é fácil, difícil é fazer síntese!

todos cantam a guerra

enquanto eu fujo dela

me dizem que não há para onde fugir

mas eu fujo

como sempre fugi.

dizem que eu não posso sorrir

que não posso estar nem aí

que tenho que tomar uma posição

que tenho que dizer,

é o que dizem todos eles por aqui

fazem suas previsões

dizem o que vai vir

repetem os ecos de suas cartilhas

sabem eles de tudo

e eu só penso na guerra dentro de mim

a barca do sol

agora tudo é silêncio, mistério e contemplação

a barca do sol está para partir

e não há nada que possa me segurar aqui

gaiolas abertas

o canto livre dos pássaros embala meu sonho

céu azul, acender duas velas, melodia suave

despertar

as gaiolas abertas e os pássaros não saem de lá

quem sois vós que clamais na entrada da montanha?

quem sois vós que clamais na entrada da montanha?

quem é aquele que gritando, chorando, vê suas esperanças perdidas ao escutar somente os guinchos e uivos de antigas reclamações, ecos de gerações perdidas?

quem é aquele que dá as costas e vai embora ao primeiro dissabor, o silêncio eterno dos deuses gelados?

senta e escuta essa canção.