sexta-feira, 31 de agosto de 2012

associação livre # 267



templários

escol, beber na cabeça dos inimigos, open the door, Hécate, close your eyes, $$$$$$$$$$$$$, dólar, corra lola, corra, run forrest, run, solve e coagula, salva e copia, minha mente não acompanha meu coração, meu coração não é de aço não, toca na minha mão, play Keith, play again, tudo diferente de novo, e o velho, eu tenho um clips grande pra ele.









segunda lua cheia no mesmo mês



eu sou de lua
e sou da rua
e sou filho da luta
do amor do Sol e da Lua
e pelas tuas mãos sou conduzido
e ela me protege
Lua de Jorge
Lua que meu sonho faz guardar

e na noite
se vê mais claro 
meu caro
que barato
ler jornal à luz da lua

as notícias 
sussurradas
não dão conta de todo meu amor por ti

nesse 31 de agosto
tudo ao contrário
a segunda lua cheia do mês 
(que só acontece 
uma vez a cada  dois anos e sete meses)
me acertou em cheio
e eu fiquei feliz
moleque again
pronto para as coisas novas 
tudo que vai acontecer outra vez

esse improviso 
de Keith Jarrett
em Colônia
que eu ouvi milhares de vezes
e nunca se repete
me deixou embriagado
como se tivesse caminhando na lua
sem gravidade
leve como um pássaro

e vem 
a luz da lua
e escuta o batuque do meu teclar
enquanto puder
eu amarei
pois que eu me amarrei
em devoção á tudo que muda
a tudo que planta vive respira e 
ao teu perfume que exala
a vida em tudo que não fala
a incomunicabilidade do poema, oh Maia, ilusão, Lua Azul, minha mão te acha 

e se só fica uma única linha
que seja a
a minha reverência 
por tudo que a lua ilumina
você e eu a ninar
a esperança
de tudo
de novo mudar
como a lua
que não naufraga
antes flutua
no meu e no seu sonho
que aguarda







de pequeninos grãos de areia que ficaram em meus dedos e como eu saquei a enorme beleza que tudo contem

                                                                                                                                                                                           areia 250 x +


tu me deste areia
e ela é meu tesouro

rua são domingos, a memória me escapa








Serão derrubados.

A dinâmica : constrói, deteriora e  derruba. 
A dinâmica 2: Deixa apodrecer para poder destruir.
Os fatos, como eu os farejo: Sobre os cortiços, ou esses pardieiros que são lindas mansardas, basta um olhar melhor, mais cuidadoso.
Sobre os cortiços, pairam algumas sombras, de amores antigos, o cheiro do mofo, e a necessidade de cantá-los, que é melhor que explicá-los, mas:

Cortiço e Bixiga são  sinônimos. Cortiço aqui entendido 


como  banheiro, tanque e pátio comuns. 

As casas que sobrevivem são habitações inabitáveis, mofo e 
miasmas, cebola e fluidos humanos. bateção de panelas,

bebedeiras, brigas estúpidas. vazamentos. sons misturados

, de amor e ódio.

O Mecha morava aí, o popular Nelson Coutinho, que 

carregou, também, a Jules Rimet. Instantão andou por aí, 

duzentos personagens populares da Bela Vista passaram aí, 

encontrei o  Chulapa, Jeferson Jeronimo, e ele está  

completamente fora do ar, antena baixada, na ecolalia

As casas são as marcas da paisagem,e  o  ícone,a  

informação geográfica guarda isso: a  psicoesfera,mas se 

não fosse isso o que seria?

Sem a dor como eu caminharia, permaneceria deitado em 

berço esplêndido? 

São feridas que não curam, a dor é cultivada pois é daí que

 nascem as mais belas canções de amor.

E onde é que nascem as canções de amor?

Onde existe dor.

O Bixiga é marginal, como a Barra Funda, o Brás e o Bom 

Retiro, pra ficar nos 4 b, do primeiro círculo do inferno,

 partindo da Sé em todas as direções, sul,oeste, leste e

norte.

Nessas casas casas permanece a pobreza, os balconistas, os 

biscateiros, os  vagabundos, os sem lugar, os marginais.

E aqueles que caem fora são a  exceção a regra, que os 

cagadores de regra querem em discurso dizer: todos 

chegarão lá .

Mas são pobres e ricos. Pobres e ricos, bairros pobres e 

ricos. 

O Itaim bibi foi um lugar de lavadeiras, a Vila Nova 

Conceição não tinha calçamento até 1960. O Bixiga é 

raça.Aqui já era cidade em 1910.

Serão derrubados a cidade não é um museu, aqui não é 

Paris, aqui é preciso um olhar muito atento, ou um  sei lá 

 o  que, para enxergar as coisas. 

Ninguém quer saber : saber que nessa casa morou fulano e

ali alguém cantou a dor da morena de cabelos lisos que ao

penteá-los nessa escadinha disse:

--Vem

E ele não foi.



quinta-feira, 30 de agosto de 2012

nós vamos




Nossa condição é de seres em evolução.                                                      

Nosso destino é o de brilhar, voltaremos a ser estrela.
Pouco entendemos sobre o que somos e sobre o mal que causamos a nós mesmos,aos outros e ao planeta, mas isso não altera o plano.
Somos estrela, somos Natureza, somos matéria, somos desequilíbrio, somos nossa verdade desconhecida.
Eu me sinto perdido, penso no futuro da espécie humana com temor, penso com medo na educação brasileira.
Mas aí eu volto ao começo, penso na aventura humana na terra, na humanização em curso de nossa espécie, da
saída  do lodo, dos fragmentos de poeira cósmica, stardust.
Eu volto ao início,a chama amorosa, ao silêncio de mim mesmo, a explosão de mil universos, ao grão de areia que interrompe a marcha,a evolução em ziguezague do vai vem, do não me toque, do deixa que eu chuto, do avante camaradas, penso na revolução.
do um dia eu chego lá.
SOMOS SERES EM EVOLUÇÃO E VAMOS EVOLUIR.

zen# 1


embriaguez e sobriedade
busquei alternadamente
e tudo sempre esteve na mente vazia

domingo, 26 de agosto de 2012

mais de mim



eu sou para mim
e eu sou quase nunca assim
eu vou de mim
para ti
praias a descobrir
velas a largar
lume na ponte
mergulhar

e voo assim
minha bagagem
borboleta tatuada
na penugem do antebraço
pronta pra partir
asa quebrada
gerânios granulados
do jeito que for


e se sai assim
é que é feito de mim
dos meus nervos

nó górdio 
fino cordão
embaralhado
coração na pule
não bate desacompanhado


mim não faz nada
quem faz é você
que faz de mim
mais do que ousei

o homem na lua




Minha mãe, a velha China era bem loka. Assisti ao pouso do 

homem na Lua com ela de mãos dadas em oração. Minha 

mãe dizia: que coisa, meu Deus, que coisa!

de volta ao mar




liberte-se de toda mágoa
deságue
suas lágrimas
de volta a terra
que elas vão encontrar seu lugar

jambo - a cor do Brasil

                                                                      luiz avelima 


perfumes e cores são  delicadezas para o corpo florir

tecendo sonhos




entre

as

linhas

espaço 

para

sonhar

sábado, 25 de agosto de 2012

no more shit # 1



os poucos vou reiniciando as atividades da minha grife

no more shit

aqui: um meu desenho uma mostra summer 13





sonhar viver





pode alguém viver sem sonhos?


só pode sonhar quem está vivo

só quem está vivo pode sonhar

agora eu sou um menino







A primeira vez que andei de trem  foi em janeiro de  1979.

Edgar e Fabio e eu fomos para Mogi das Cruzes. Foi a 

primeira vez também,que peguei  carona, carona num

caminhão.

A viagem foi para a  casa da madrinha  do Edgar.

Nadamos na represa, brincamos numa pedreira abandonada, 

ficamos com barro até o pescoço.

Eu tinha 14 anos e pensava que era um velho e tudo já 


estava acabado.

Hoje fui ao Cerimonial da Secretaria da Educação. No dia 23 


de agosto ( data  em que em 1978 por coincidência foi o 

meu primeiro dia de trabalho) irei apresentar um evento do

qual participará o secretário da Educação e fui ser  

informado do ritual necessário.

Ao chegar na sala do Cerimonial  assim me anunciaram:


- o Rapaz chegou!



os dedos sujos de tinta de jornal







Meu pai foi revisor da Folha, antes do Estadão, e aposentou-se como jornalista, sendo revisor.
Eu trabalhei na Folha de S. Paulo, carteira registrada por ordem da Justiça, como supervisor de pesquisa. No Estadão eu trabalhei na gráfica.
Ok.
Meu pai trazia o jornal todo dia, e eu li jornal todos os dias desde os onze anos.
Ok.
Começava pelo fim, Cultura. Política é uma bobagem.
Ok.
O Anjo de Asas do Desejo, dizia que uma das coisa que ele gostaria de sentir, ao pedir para viver, era de ter os dedos sujos por tinta de jornal.
Obrigado Pai.



futebol X jogar bola





jogar bola é tudo 
futebol é marketing

caminhar pelo caminhar




adoro os caminhos que não vão dar em nada 

e no fim acabam dando em coisa nenhuma




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

a lua então descreve um arco sobre minha cabeça






Todas essas noites, desses dias lindos, ela tem vindo aqui.

Eu não aguardo, não a espero, mas nessa noite, hoje, eu revejo, e vejo,  o quanto eu me surpreendo, lunático?, com toda essa beleza, porque toda noite ela vem aqui e descreverá o mesmo novo  arco, o mesmo novo desenho na tela negra do céu.

Eu suponho de onde ela venha - posso pensar buscar saber de onde ela vem, o ângulo, os graus, a distância, o nome, se isso é um arco, ou se deixa de sê-lo, mas não venho me importando com isso.

O que eu sei:

- Ela é de todos e é de ninguém.

E quando eu lembro o arco que ela descreverá, eu sorrio.

Toda noite ela vem fazendo isso.

Daqui a alguns dias ela vai percorrer outro caminho (eu suponho mais coisas que gostaria) assim eu tenho que aproveitar essa noite, pois nessa noite ela fará esse caminho, que é um arco e não deixa de sê-lo, e cada vez que olho pela janela e vejo o caminho que ela faz, que não é lento e nem rápido, e vem descendo e me levará,outra vez, para outro lugar, que eu suponho seja lá no alto.

E eu fico olhando em silêncio, pensando muito em nada.

Sob certa perspectiva estar vivo é uma coisa muito boa.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

um coração gigante




minha cara você não vê
ao meu lado você  mais não anda
o que eu falo não pode escrever
em meu coração ninguém manda

minha estrela brilha alto no céu 
embora eu possa tocá-la
embora ela não seja minha

muito embora assim distante
espere um pouco
desconsidere todas as palavras

segue anexo
um beijo em 3D
e um coração gigante

domingo, 19 de agosto de 2012

mulheres são milhares






mulheres reais querem ser tratadas como rainhas
rainhas querem ser tratadas como mulheres reais
entender não é amar
amar é dar um passo além

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

sem saber onde chegar

                                         alexei bednij
                                 
imprudente procura
seus duplos
suas sombras
seus desejos
suas vontades obscuras

não se reconhece
não sabe onde termina o sonho
não sabe onde começa o pesadelo
não se esquiva
não se esquece

tudo esboroa ao menor suspiro
espelhos partem sem poder de reflexão
tudo voa
se lhe escapa da mão
novamente voa sozinho

domingo, 12 de agosto de 2012

Edith Stein - Santa Tereza

a Paz de Cristo, a todos.

Oração ao Espírito Santo


Quem és tu,Doce luz que me preenche

e ilumina a obscuridade do meu coração?

Conduzes-me como a mão de uma mãe

E se me soltasses,

não saberia nem dar mais um passo.

És o espaço que envolve todo meu ser e o encerra em si.

Se fosse abandonado por ti

cairia no abismo do nada,
,
 de onde tu o elevas ao Ser.
.
Tu, mais próximo de mim que eu mesmo

e mais íntimo que minha intimidade,

E, sem dúvida,

permaneces inalcançável e incompreensível,

E que faz brotar todo nome:

Espírito Santo — Amor eterno!


Poucos meses antes da deportação para Auschwitz Edith 

Stein escreveu essa oração.

Nas minhas andanças pelo Brooklin passei pela loja do
convento das Carmelitas, que eu não conhecia, e uma freira, de dentro da loja,me fez um aceno. Eu sabia que haveriam guloseimas gostosas que elas faziam, entrei e lá tomei um café e comi bolinhos e fiquei fazendo a freira rir.


Hoje, dia 9 de agosto, é dia dessa Santa, a fundadora da

ordem onde entrei e não preciso dizer o quanto eu me sinto abençoado.


A Paz de Cristo a todos meus amigos, e principalmente aos 

meus inimigos.


quarta-feira, 8 de agosto de 2012




Eu me apaixono facilmente

mas nunca pelas coisas fáceis

errando pelas ruas do Brooklin
a ausência de nuvens
a busca pelo Sol
nada tirava da minha cabeça
a nossa conversa
o seu jeito de ao dizer:
- vai
pedia muito:
-fica.

você não sabe onde o amor pode levar
mas nós iremos juntos

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

as flores vingarão







Não podemos mudar nada
o passado o presente o futuro

Quando queremos  mudamos tudo
o passado o presente o futuro


Não adianta mudar o passado o presente o futuro, um novo mundo é feito agora independente de mim

Acabaram as revoluções, novas revoluções virão
a democracia representativa não tá com nada, uma nova democracia vai acontecer
a culpa é dos outros, mea culpa
as casas foram derrubadas os predios foram derrubados, o mato tomará conta de tudo

pessoas nasceram, pessoas morreram
pessoas nascerão, pessoas morrerão

A mim só importa o que sai de mim, é o que virá de novo, again and again


uma nova flor está nascendo a todo momento