sexta-feira, 31 de julho de 2020

reboot


campanha pelo reboot urgente na humanidade

cabeça e coração


dopamina x coramina
uma velha disputa

Enteroviofórmio


sonhei com um mundo sem Enteroviofórmio . Meu sonho se concretizou, acabou o Enteroviofórmio, mas a dor de barriga permanece.

#minhaversãodosfatos for now, zsela



minha versão dos fatos:

por agora, uma vontade de acertar e aceitar o seu lado... estou um pouco cansado de procurar aquilo que somente você pode encontrar; eu estou aqui junto com você e você está tão longe

segunda-feira, 27 de julho de 2020

finjo que danço

eu gosto de fingir.


isso aos apressados poderia dizer: ele finge.
aos leitores do Pessoa, sem pressa, porque a vida é imensa; não cabe nessa rede. e Pessoa não cabe no Pessoa, ele precisa de outros, de outras. eu preciso também, mas não é essa: ... é mais essa: o outro. que está aqui, sem esquizoanálise, sem confissão; nem poesia.
eu gosto de fingir, de brincar, to play, o atuar, mas não com ticket, ou com passo marcado. o artista da vida de que falava o Allan Whatts, aqui me entrego, um verso furtado, de onde não sei. vou em busca de um fio, do novelo, nessa novela errática, minha entrega a monotonia - só do lado de fora.
mas me entrego, um pouco nessa entrega. Nessa minha constelação. Shakespeare, Allan Watts, Pessoa.
Claudio Ulpiano.
Caetano Veloso e Gilberto Gil
de onde vem esse verso furtado? do Celso?
Gosto de buscar o fio da meada, falo muito nisso, como condutor/ ouvinte dessas lives, muitas vidas do Pessoa, muitas lives nessa semana: meia dúzia! falar do quê? do abismo de nós mesmos? de poesia, da arte de aturar lives? da arte de atuar? De educação. Novelo de lã. Falar é falhar. Fingirei, fingirei, darei a eles, o que eles querem! Fingirei!Como foi que cheguei aqui? como sairei daqui?
Comecei isso, aqui me engano, num pequeno texto sobre dança:
"a narrativa da Dança é a que mais me deixa em um estado de loucura sadia.
A loucura sadia é a própria não corporeidade, algo além da química orgânica: química anímica, alquimia, alma que dança.
um espetáculo de Dança tem muito a ver com sonho
Dança: não linearidade; não necessariamente uma história; não lógica cartesiana.
o Corpo.
tudo em movimento está. mesmo calado fala tanto"
Copiei esse texto em busca de uma imagem para o texto e ele me levou para um monte de teses, a alguma coisa sobre "fingir" que me fez ir ao um ponto fundamental, e daí ao Cláudio Ulpiano! Prossigo com ele, em busca da Pina Bausch, que é a imagem, que eu quero colocar. Mas coloco uma imagem que tem muito a ver com a sensação de estar no teatro, e tem a ver com o que eu sinto quero falar , enquanto Dança e inconsciente
Escrevi os dois textos ao mesmo tempo. copiando aqui, fingindo ali :
"Aqui, na Dança, vejo uma plasticidade, nunca antes vista; mesmo no retangular, ou na arena. ou no sofrimento corpóreo do backstage, porque o corpo chora, o calo grita.
acho um luxo assistir espetáculos de Dança: livre da palavra, livre da física de newton, livre da história da dança, que desconheço, livre do meu corpo em movimento.
Eu aceito essa ininteligibilidade, esse corte no racional, minha cabeça dança, meus pezinhos balançam, eu quero me jogar, sem fio de ariadne, sozinho, embora ainda reste a noite, e os outros dias.
entrego-me a leitura dessa língua estrangeira, a Dança, sem manual, numa liberdade de espectador, que enfim entra na própria ferida, e saindo dela, dança "

a narrativa da Dança


a narrativa da Dança é a que mais me deixa em um estado de loucura sadia.
a loucura sadia é a própria não corporeidade, algo além da química orgânica: química anímica, alquimia, alma que dança.
Dança: não linearidade; não necessariamente uma história; não lógica cartesiana.
o Corpo.
tudo em movimento está. mesmo calado fala tanto
aqui, na Dança, vejo uma plasticidade, nunca antes vista; mesmo no retangular, ou na arena. Ou no sofrimento corpóreo do backstage, porque o corpo chora, o calo grita.
acho um luxo assistir espetáculos de Dança: livre da palavra, livre da física de newton, livre da história da dança, que desconheço, livre do meu corpo em movimento.
Eu aceito essa ininteligibilidade, esse corte no racional, minha cabeça dança, meus pezinhos balançam, eu quero me jogar, sem fio de ariadne, sozinho, embora ainda reste a noite, e os outros dias.
entrego-me a leitura dessa língua estrangeira, a Dança, sem manual, numa liberdade de espectador, que enfim entra na própria ferida, e saindo dela, dança

domingo, 26 de julho de 2020

Hoje é dia do Glorioso São Cristovão.


Neste disco, Ogum e Xangô, cabeceira, na época da minha juventude raríssimo (dava mais valor a esse play que ao Raulzito e seus Panteras; que também nunca ninguém tinha visto ou ouvido)  e que eu já amava só de ouvir uma ou outra música, a energética Taj Mahal, chegou a internet e pude ouvir o disco inteiro; a música de abertura é essa: Meu glorioso São Cristóvão
Para abrir caminhos. Uma reza, um mantra, uma oração.

É uma oração do Jorge Ben, para o santo dos viajantes.
São Cristóvão carregou Jesus no colo, sem sabê-lo. Fazer o bem sem saber que era um rei, fazer o bem.
Em viagem sempre pedir a proteção a São Cristóvão.
Jorge Ben e Gilberto Gil no violão. Notas repetidas em um crescente, improvisações fora da escala, um momento único. Sintonia incrível, Gil responde ao Ben , não sei quem faz bem, ou melhor: que ajuda quem.
Jorge Ben , fala várias palavras de forma errada, erra um s, um r, o que torna ainda mais popular autêntica a poderosa a oração

Um casal perfeito, Robert altman

Sou um devoto da sessão coruja... assisti anos e anos junto a Chelo.
O Robert Altman é um diretor muito off hollywood e tem vários filmes dessa época, que passavam na Sessão Coruja, que eu gosto: Voar é com os pássaros. Cenas de um casamento. MASH. e esse aqui:
 Um casal perfeito.


lembrei do filme porque morreu o Peter Green do Fleetwood Mac... e o filme fala daqueles grupões de música, tipo também Air Suply, Grupos tipo: família. Sendo família, rola uma par de problemas! Intrigas e rock'n roll. Do outro lado, a outra metade da laranja, uma família grega, careta, obviamente no sentido do olhar de fora. Nesse esquema, que de fora pode ser assim meio quadradinho: oposição entre os liberais e conservadores, bem ... as coisas nunca são assim, "quadradinhas" nos filmes do Altman.
Gosto muito desses filmes lado B, com atores menos conhecidos, mas com essa puta direção. É bem off Hollywood, sem mocinhos, sem esquemão disney, sem a jornada do herói. É a jornada do cara comum, aqui em busca, como sempre, e como todos, da felicidade.

os dois outros dias


o ponto é:

nossa incapacidade de precisar como minúsculos fatores nos impedem de prever profundas modificações no futuro das nossas vidas.

as estrelas


as estrelas não deixariam de ser se nós não estivéssemos a olhá-las.

gira o mundo gira



meu corpo diz que a terra gira
porque eu criança brinco de girar
enquanto isso o velho fica
parado no mesmo lugar
e eu vou girando
sem risco de fechar
nesse plano e nem em outro
com o velho que insiste
que tem que ficar tudo como está

terça-feira, 21 de julho de 2020

Luiz Maia, lateral do Santo André


                                                                          



Orgulho da Vila Palmares, e de todo ABC, Luiz Maia, é considerado o maior lateral da história do Santo André.

https://terceirotempo.uol.com.br/noticias/o-classico-san-sao-do-abc-de-todos-os-tempos?fbclid=IwAR0j0T6WhjPhNxBErf5O0A98Ka3dn7stITab4ulHiEIVYvNzvjmrQqO2ra8>

Nascido em 12/12/ de 1946 em São João Nepomuceno. MG, o jogador começou a carreira nas equipes de base da Portuguesa de Desportos, time que é torcedor e profissionalizou-se no Santo André. http://www.ramalhonautas.com.br/profissionais/index2.asp?page=57

Segundo o site https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/borracha-2437 Luiz Maia jogou também no juvenil do Santo André 

Campeão da segundona de 75 e convocado para todas as seleções de master do ABC Luiz Maia foi escolhido o melhor lateral da história do Santo André pelo importante torcedor e jornalista Mauricio Sabará: "Pela lateral-direita escalo o Luizinho Maia, um dos maiores ídolos do time dos Anos 70."

Também chamado de Luizinho, o lateral, que não perdia dividida e era uma segurança inconteste na zaga andreense, esteve presente no primeiro jogo da história do Estádio Bruno José Daniel no dia 14 de dezembro de 1969, quando o time encarou o Palmeiras, perdendo por quatro a zero. O Santo André Futebol Clube formou com Clóvis; Luizinho (Ele, o Homem) Juba (Jandaia), Cite e Shell (Alberto Moacir (Mário) e Enir, Roney, Sapito e Stefano (Marco Antonio). Para esse jogo, o time Andreense foi formado as pressas e contou quase na totalidade por jogadores amadores. 

http://ecsasantoandre.blogspot.com/2014/12/enir-um-jogador-das-antigas.html 


Em 1975 ocorre o ápice da carreira do craque, quando o jogador se consagra como campeão da segundona em 1975.

A final aconteceu em dois jogos; no primeiro jogo em Catanduva Luiz foi o titular.


DECISÃO - 1.° JOGO

7/12/75

GRÊMIO CATANDUVENSE 0 X SANTO ANDRE 0
Local: Silvio Sales. Catanduva;
Juiz: Jose Faville Neto;
Renda: Cr$ 96 520,00;
Publico: 15.000
Catanduvense: Moacir, Tércio, Rafael. Dario. Fred, Zé Carlos (Maritaca), China, Joãozinho, Arnaldo, Gilberto (Moreno) e Rogério
Santo André: Ronaldo, Luizinho Maia. Rodolfo, Flavio, Luís Augusto, Fernandinho, Tulica (Luizinho Gaúcho). Celso Mota (Fernandes), Vicente, Sousa e Rômulo.


Ainda durante o campeonato de 1975 a Revista Placar fez uma reportagem sobre as equipes do Santo André e da Piraçununguense, seria o jogo da loteca, e o destaque do Santo André, foi o raçudo lateral Luizinho Maia.

Foto da revista Placar de 8 de agosto de 75.


São lembranças que estão registradas na história do Esporte Clube Santo André. A final foi disputada em dois jogos contra a equipe da Catanduvense.

 Aqui o depoimento do técnico do time, o Mestre Aurélio, que revela outra faceta do jogador: seu caráter firme e profissionalismo: "No jogo de ida, o Robertão (lateral direito) estava suspenso e a opção foi o sempre prestativo e polivalente Luizinho Maia. Era um jogador que estava no banco, mas com total condição de ser titular. Infelizmente nem todos podiam jogar. Quando ele entrava o time não sentia, continuava no mesmo ritmo. Bem lembrado do Luizinho Maia. "A cada momento eu lembro de um fato ocorrido, agora, era um time "todo bom", não tinha trairagem. Volto ao Luizinho Maia e ao Tito como exemplos de incentivo aos companheiros. O Luisinho tinha bastante tempo e boa carreira no Santo André. Nunca! Nunca mesmo reclamou da reserva e sempre quando precisei estava disposto a colaborar com o grupo. http://www.ramalhonautas.com.br/entrevistas/ver_entrevista.asp?id=2

Campanha magnifica do Clube, 28 jogos, com 19 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, foram 45 gols marcados e 16 gols sofridos. com participação importante do Luiz, atuando como titular em vários jogos, inclusive na lateral esquerda. 

 https://brfut.blogspot.com/2011/09/campanha-do-campeao-segunda-divisao.html

Segundo o site ramalhonautas.com Luiz Maia é " um dos jogadores recordistas em número de partidas disputado pelo Ramalhão. " Uma curiosidade sobre o jogador, segundo o mesmo site, é que: "Luizinho Maia era chamado pelos companheiros de Santo André de "Luiz Cachaça", mas nem ele mesmo sabia a procedência do apelido. "Talvez seja porque não tomo qualquer bebida de álcool", declarou numa entrevista ao Diário do Grande ABC em 1971."

A fama de jogador sério e competente, ponta firme, ou melhor lateral firme, acompanhou a trajetória do jogador e ele esteve sempre presente em muitas seleções de Masters do ABC.

Sempre um grande papo hoje o Luiz Maia vive me Santa Cruz do Rio Pardo, após muitos anos passados em Poços de Caldas, onde pretende voltar a morar para passar muito tempo ao lado do neto Miguel. As conversas invariavelmente trazem lembranças dos muitos jogos em que participou em diversas agremiações do ABC: Tênis Clube de Santo André, Mercedes, Volkswagen, muitas vezes em companhia dos amigos Pingo e Tadeu, em muitos jogos onde como ele diz: " Era Pau Puro!"


Em Poços de Caldas Luiz Maia viveu anos muito felizes fazendo o que melhor soube fazer - jogar futebol, e onde já veterano percorreu quilômetros e quilômetros nos campos demonstrando garra - e muita classe!






quinta-feira, 16 de julho de 2020

chicão, o volante do São Paulo


Não tenho uma foto com meu grande ídolo Chicão, o maior volante que vi jogar, mas essa foto com uma foto dele já me enche de alegria.
Estive em Piracicaba e em visita monitorada ao museu Martha Whats, visitei também o Espaço Memória Piracicabana que honra a cidade e seus maiores vultos. Rocha Netto, jornalista esportivo consagrado, apaixonado pelo XV, e devoto do SPFC, consagra importante espaço ao grande jogador Chicão.
Chicão é um dos jogadores mais perseguidos, por clubismo, o que é um coisa chata e boba. Por ser exatamente o jogador mais raçudo e forte e bravo que jogou em campos paulistas na década de 70, é menosprezada sua parte técnica, que é plenamente testemunhada por quem o viu jogar.
A memória e a história de um grande Homem merece ser preservada, um Salve a todos que são admiradores do grande Chicão!

o todo

                se cada um lutar por sua parte nunca haverá um todo

de mim e de você



chegou o meio dia e vai chegar a meia noite e eu continuo e vou continuar sem saber de mim e de você

quarta-feira, 8 de julho de 2020

vivemos enquanto sonhamos

                                                                                                                                                                                        Sean  McSorley

fila de supermercado. pessoas prontas para serem empacotadas.
minha cabeça é um balde de merda. produtos industrializados com a data vencida, prontíssimos para o devorar de bocas banguelas. enquanto eu passeio nas galerias, entre as caixas, você continua a sonhar, e a seduzir. queimar os dedos só para sentir um pouco de vida. o gelo seco é um aperitivo. cortinas que nunca fecham. o homem é nada perto de um par de coxas. os frangos são um intermédio entre os hormônios, os mitos, e meu cólon inflamado. o rádio não toca, está emperrado na próxima liquidação. serpentinas, porque logo teremos funerais. falam-me em hiper, eu lhes devolvo um super; sou apenas um milagre sem tempo para sorrir. e o céu deve estar chumbo, e a grama tem que ser aparada, os fusíveis trocados, os cabelos penteados e etc. e tal.
enquanto isso meu coração vagueia.

desejo


que meu coração não escute o que diz minha cabeça