sábado, 2 de setembro de 2017

marilene felinto sumiu


Marilene Felinto sumiu.
Deu no pé.Tchau sem beijo.
Por mais uma ironia, essa atitude, de dar uma banana ao mundo podre, é considerado um gesto nobre.
Escolher um destino, não como um fato, um vestido novo, blush, pó de arroz; eis um destino admirável.
Marilene Felinto disse não.
Aqui e ali, de forma diversa,monomitamente, alguém diz não. E vai fazer o caminho.
Essa saída á francesa, tão brasileira, de fechar-se em copas, recolher-se na concha, permanecer em si, sair a rever as estrelas, passear de mãos dadas,  encontro ao vento, descalça no chão espinhoso do sertão, vivendo com tão pouco, quanta imaginação! sem medo, sem medo, Marilene!
Aqui e ali, tão longe. 
Marilene, não se acha só; do alto da minha insignificância fogueira alta acendo, na falta de vela, pela presença tua, silêncio; pela negativa, por dizer não, sim; para sempre aqui e ali, não longe de mim.

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