sexta-feira, 13 de maio de 2016

amigo chang, velho amigo chang.


tomava munchen.
eu fui me aproximando. um homem do japão(Clara Vasconcelos) cabeludo, de bigode, sempre com camisa de banda.
meus velhos tempos de mocidade. Acampamentos, noites de chuvas de estrelas e dias de cachoeiras. e estrada, andar na estrada a noite.
Minha estrada na plateia. MIS, Fábrica Pompéia, Centro Cultural. BIXIGA.
e os shows.em determinadas praças,e em indeterminadas praças.
a gente começa ver as mesmas pessoas. a confraria. a nau dos insensatos. e se cumprimenta. Cumpre a nossa missão de reconhecer nas diferenças, os iguais.
então aconteceu,uma noite eu estava tomando munchen com o chang, que devia ter uns vinte anos mais que eu.e muitas outras noites eu tomava um copo da cerveja dele. ele não falava, nem eu.Eu fazia uma reverência e ia embora.
Passam-se vinte anos...encontrei com ele.
- Chang!
ele não sorriu, nem falou.

Eu perguntei:Lembra de mim?
- Claro. fez uma reverência e foi embora

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