terça-feira, 26 de junho de 2018

não tenho tempo para dizer o quanto te amo


no meio de toda a ausência, das placas de publicidade, da debandada geral, da volta deles mesmos, das cenas tantas vezes repetidas, da mão que não alcança, do tráfego intenso, dos traços de avelã no biscoito de avelã, na urgência dos guarda-chuvas, no frio que nunca chega, do intenso sol que movimenta, das eternas prerrogativas, do depois a gente se vê, dos gritos, da cárie, da falta do teletransporte, da falta de sorriso
não tenho tempo para dizer o quanto te amo, mas oh! te disse em cada linha, venha até aqui, junto comigo até qualquer lugar, e tudo se ajeita

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