quinta-feira, 25 de outubro de 2018

gil gomes, excepcional artista


em 1989 trabalhei como rádio escuta na secretaria de transportes.
entre um jornal e outro da bandeirantes, ouvia o gil gomes. ouvi todo dia por um ano.
o Paulão, Paulo Rodolfo, meu amigo e colega, lembrou do silêncio do Gil Gomes - as pausas.
além das pausas ele tinha o ritmo. Aquilo - o caso, invariavelmente banal, ia crescendo, uma corda tensionando:
- Matou . Ele MATOU O MENINO. O menino Morreu. Jairzinho foi morto pelo vizinho! O VIZINHO MATOU O MENINO.
Eu trabalhava na rua Bela Cintra, numa cabine. Entrava ás sete, acordava ás seis...saía da faculdade ás onze chegava em casa depois da meia noite dormia á uma, INVARIAVELMENTE cochilava na cabine. Acordava com a chefe, de boa, me dando bronca, ou, melhor, com o Gil Gomes :
- Tenente Ranulfo, da policia militar...
Este ano de 1989 é um ano que não tenho registro na carteira, trabalhei como estagiário e não paguei inss, e está me fazendo uma falta danada; nunca aguentei trabalhar... faltava uma vez na semana nesse trampo. Paulão aguentava firme! Nunca faltou. Ele sempre aproveitava essas minha brechas e me chamava de cuzão...
A minha estória inesquecível do Gil Gomes, eu não lembro direito; era sobre um menino que sumiu na enxurrada, durante uma tempestade. dessa linha ele contou uma estória de 30 minutos.
e lembre-se: agindo com dignidade e justiça você pode não mudar o mundo , mas haverá na terra um canalha a menos
com a sonoplastia de roberto felix, Gil Gomes lhes diz: Bom Dia!

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