domingo, 29 de maio de 2011

Uma Bela Vista que não sai da minha cabeça

Saudades do meu Bixiga, da minha Bela Vista, que nunca existiu fora da minha cabeça.
Onde eu aprendi a andar de cabeça erguida
e a  dar bom dia aos passantes e, ao entrar em qualquer casa, pedir licença
e a ser muito duro, e a não vacilar
e saber que não sou só eu que estou olhando aquele rebolado

No Bixiga eu aprendi a mentir bastante também, a chamar os outros de morfético, e a falar: a buceta da sua mãe, a dizer gosto muito dele: ele me deu essa calaça e essa camisa, a praguejar,falar todas essas barbaridades e esquecer isso no minuto seguinte.
Nesse Bixiga, que nunca existiu fora da minha cabeça, eu nasci, fui criado e servido, e hei de morrer, sonhando com a Bela Vista, sonhando com o retorrno de tanto amor sonhado.

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