sexta-feira, 31 de agosto de 2012

segunda lua cheia no mesmo mês



eu sou de lua
e sou da rua
e sou filho da luta
do amor do Sol e da Lua
e pelas tuas mãos sou conduzido
e ela me protege
Lua de Jorge
Lua que meu sonho faz guardar

e na noite
se vê mais claro 
meu caro
que barato
ler jornal à luz da lua

as notícias 
sussurradas
não dão conta de todo meu amor por ti

nesse 31 de agosto
tudo ao contrário
a segunda lua cheia do mês 
(que só acontece 
uma vez a cada  dois anos e sete meses)
me acertou em cheio
e eu fiquei feliz
moleque again
pronto para as coisas novas 
tudo que vai acontecer outra vez

esse improviso 
de Keith Jarrett
em Colônia
que eu ouvi milhares de vezes
e nunca se repete
me deixou embriagado
como se tivesse caminhando na lua
sem gravidade
leve como um pássaro

e vem 
a luz da lua
e escuta o batuque do meu teclar
enquanto puder
eu amarei
pois que eu me amarrei
em devoção á tudo que muda
a tudo que planta vive respira e 
ao teu perfume que exala
a vida em tudo que não fala
a incomunicabilidade do poema, oh Maia, ilusão, Lua Azul, minha mão te acha 

e se só fica uma única linha
que seja a
a minha reverência 
por tudo que a lua ilumina
você e eu a ninar
a esperança
de tudo
de novo mudar
como a lua
que não naufraga
antes flutua
no meu e no seu sonho
que aguarda







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