quarta-feira, 30 de novembro de 2011

tem um tempo
que eu não conto
quando leio um livro
revejo o mar
quando espero 
pra te ver
acordar


tem um tempo
longo
que eu tive que esperar
para o primeiro beijo
entender o que estava escrito
ver pela primeira vez o mar


tem um tempo
em que eu tento
enganar o tempo
escrevendo um livro
prolongando o beijo
nadando devagar


tem muito tempo
que eu não sofro
se vai chover no fim de semana
quando te espero
se falta muito para o livro acabar


hoje eu procuro um tempo
conciso
como escrever a faca
extenso
que movimente a vela
delicado
sem pressa pra te amar

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